Márcia Possik está há 18 anos de mercado e hoje é uma das melhores assessoras de casamento de São Paulo. Ela e toda a equipe da Marriages são profissionais em transformar o casamento dos sonhos de todas os noivos e noivas em realidade.
Na #LivedoNied, Márcia dá dicas preciosas na hora de contratar um assessor e os demais serviços necessários para o casamento ser inesquecível. Quanto tempo antes do casamento os noivos devem contratar um assessor? Como montar lista de convidados? Pode mandar convite de casamento pelo correio? Como a noiva deve lidar com tanta informação e referência? Essas e outras dúvidas Márcia responde na live.
Aqui você confere um pouco do bate-papo, que está completo logo abaixo.
MP: Eu comecei organizando jantares, coisas menores. Com o tempo uma amiga me chamou para ser madrinha do casamento e eu falei que só aceitaria se eu pudesse organizar o casamento e ela topou. Só que no meio dos preparativos eu entendi que ela não curtia muito o noivo, que não era a pessoa certa. E foi assim que eu acabei com o primeiro casamento. Mas depois deu tudo certo, segui com outros casamentos.
MP: Era uma época muito diferente. Não existia o serviço de assessoria como existe hoje, isso era uma coisa supérflua. E hoje não é possível fazer um casamento sem uma assessoria ou uma coisa mais organizada. Naquela época era muito amador, muitas vezes era a mãe da noiva que fazia. Tínhamos a barreira do como fazer a assessoria ser um serviço essencial. Uma coisa que investimos muito foi em assessoria de imprensa para explicar a importância do trabalho, não tinha rede social na época. Fomos mostrando e construindo tudo isso que chegou hoje. Antigamente você fazia um casamento com oito ou dez fornecedores, hoje em dia temos esse número de fornecedores só na mesa de doces, se bobear. Tudo se especificou e especializou muito. E acho que foi um ganho maravilhoso para o mercado.
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IC: Como é o seu processo no primeiro momento, no primeiro contato com os noivos?
MP: No primeiro atendimento tentamos levantar o briefing. Vou perguntar como ela imaginou o casamento dela, se ela já tem lista de convidados, o que os pais imaginam, quais cores ela imaginou, o que ela já viu de referência, quais os lugares que ela curtiu… e não precisamos nem falar de orçamento para falar disso, não é o que importa. O que interessa pra mim nesse momento é o que ela quer e qual é o sonho dela. Com algumas perguntas vamos entendendo e construindo na cabeça.
IC: Qual o tempo ideal para a noiva te procurar e produzir um casamento?
MP: O meu recorde mínimo foram 25 dias, mas não é o ideal. O tempo para produzir um casamento é muito relativo. Se precisar sempre de um ano, noiva grávida não casa. É uma questão de ajustar o cronograma, os prazos de contratação para quem tem menos tempo. Claro que se tiver um ano, um ano e meio para organizar o casamento, ela vai curtir muito mais essa fase.
IC: Como fazer para a noiva não ser tão influenciada de tanta informação que ela recebe das redes sociais, amigas, mães, revistas, etc. ?
MP: Quando mostramos os fornecedores para a noiva, mostramos sem contar quem é o fornecedor. Tudo que eu puder mostrar sem apresentar a marca, melhor. Eu quero que ela escolha o que ela gostou e não o que falaram para ela. A hora que ela encontrar algo que faça o olho dela brilhar, ela encontrou o fornecedor do casamento dela. Enquanto eu faço isso ela faz as escolhas com o coração, porque ela amou. E não porque ela foi influenciada.
IC: Qual o padrão a noiva deve seguir para montar uma lista de convidados ideal?
MP: A lista de convidados é a primeira coisa que começa e a última que acaba. Se você pensou em 300 convidados, que tal 100 para cada família e mais 100 para os noivos? Um critério que acho bacana para colocar uma pessoa na lista, que eu acho bem bacana, é: você sabe o sobrenome ou tem o telefone desse convidado? É teu convidado para o teu casamento. Se não, qual a intimidade que você tem com essa pessoa? É um bom primeiro passo. Na hora de cortar isso pode ser um critério. Ao longo dos preparativos, tem pessoas que você vai perder o contato e tem outras que você vai conhecer. Então a lista vai mudar.
IC: E qual a importância do convite? Fala um pouco sobre o timing de entrega do convite.
MP: Para os convidados que são de fora da cidade, vale um save the date uns seis meses antes, e a entrega 60 dias antes do casamento. E até 30 dias antes para os convidados da cidade. Essa é a regra. O convite é o cartão de visitas de festa. Tem dois tipos de convite, um que você olha e fala “Nossa, eu vou nessa festa”, e o outro que não dá vontade de ir. Pensa no seu convite como a impressão que você vai passar para os seus convidados. Não faz muito sentido casar na Nossa Senhora do Brasil e enviar um convite rústico. As coisas têm que conversar.
IC: Você aconselha os noivos a entregar em mãos, ou contratar um serviço de entrega?
MP: Pode ser um serviço de entrega, mas mandar por correio para pessoas que moram na mesma cidade que você, jamais! Pode mandar de correio para outras cidades, estados. O serviço de courier é perfeito para entregar os convites. Tem que ser em mãos, caligrafado. Eu não gosto daquela tag impressa o nome da pessoa. Acho muito impessoal. Você investiu tanto para pecar em um detalhe. A conta mais barata do casamento é a caligrafia. Fica mais pessoal, mais simpática.
IC: O serviço de RSVP (sigla para “responda, por favor”) é fundamental para o assessor. Como é o RSVP perfeito? Como é o seu trabalho nesse sentido?
MP: O RSVP tem duas fases, a ativa e a passiva. Na ativa o convidado entra no site do casamento e confirma presença, ou que responde o disparo do whatsapp, enfim. O ativo é quando entramos em contato com o convidado. Na Marriage fazemos isso internamente. Mas se você contratou uma assessoria que não faz, contrate gente que faça. Gostamos de fazer porque temos o feedback para o cliente. O RSVP tem que ser bem assertivo. É importante ter pelo menos 80% dos telefones e ter um retorno. Muita gente não atende telefone, e aí mandamos mensagem. O número final nos diz se você precisa aumentar o buffet ou as bebidas. Ou quem sabe diminuir alguma coisa, a gente não sabe. O número do RSVP é o guia final. Temos que ter o número 10 dias antes do casamento para fazer os últimos ajustes.
IC: E em relação aos profissionais únicos? Dj, fotógrafo…
MP: Esses profissionais têm que ser os primeiros a serem fechados, mesmo que o seu casamento esteja marcado para daqui dois anos. Aproveite, você terá um leque maior de opções. Faça com antecedência. Quanto menos opção você tiver, uma hora você é que será escolhido. Daí para frente vamos ver os profissionais que podem atender duas festas, como o decorador, o buffet, a doceira, por exemplo. Hoje em dia tem profissional que tem a agenda super complicada, então a gente precisa garantir.
IC: Como funciona em relação aos fornecedores? Às vezes os noivos já tem um fornecedor, como você se posiciona nessa questão?
MP: Se é uma empresa que eu nunca ouvi falar e nunca trabalhei, eu vou falar e perguntar de onde ela conhece a empresa, quais as referências dela. É uma questão de alinhar as expectativas. Se é um fornecedor que eu já tive problema, eu vou falar. Ninguém quer entrar em uma fria, nem ela e nem a gente. Quanto mais redondo tiver um casamento, melhor ele vai sair. Mas isso não quer dizer que são sempre aqueles fornecedores que vão fazer certo. Sempre tem fornecedores diferentes para cada noiva. Cabe à gente entender qual o perfil dela.
IC: E como é a relação com o decorador? Porque ele tem os fornecedores dele também.
MP: Existe um organograma no evento, tem uma hierarquia. Então você tem o assessor e dali sai um monte de coisa o dj, maquiador, fotógrafo, e tem o decorador que é o único que tem gente abaixo dele. A interação do assessor com o decorador é total, se não tiver essa conexão o casamento não vai funcionar. O trabalho de um depende do outro. Por exemplo, a noiva vai escolher o modelo da forminha, o decorador vai dizer a cor e eu vou encomendar. Então se não conversar, não vai sair.
IC: E quando quebra algum objeto. A nova está ali super feliz com o resultado de tudo, mas na semana seguinte vem uma conta de quebra. Como dar essa notícia ruim?
MP: É ruim mas não pode ser surpresa. Ela tem que saber que essa conta vem. Em São Paulo muitas vezes os buffets já cobram um contrato de seguro de quebra, já resolve aí. Mas existem coisas que acontecem e fogem do controle. Cabe ao assessor e ao decorador deixar a noiva ciente. Quando você deixa isso em ordem e conversado, não tem surpresa.
IC: O dia da montagem é onde acontecem os imprevistos. Que tipos de imprevistos o assessor da noiva não pode deixar de ver?
MP: É difícil pensar em imprevistos que têm que ser previstos, mas isso cabe ao assessor. Ele tem que ligar a bolinha de cristal e pensar onde vai dar encrenca, seja tempo de montagem, alguma estrutura que o decorador tenha pensado ou caso o espaço não comporte. Não adianta resolver isso no dia. Imprevisto é um pneu do caminhão furar no caminho, mas esquecer um painel de led, por exemplo, não é imprevisto. A reunião técnica é o dia de abrir a bola de cristal e resolver antes.
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